Vivemos confinados à nossa casa. Muitas vezes não temos a noção do que se passa lá fora. Por mais que as notícias entrem pela casa dentro parece que não é real a nossa vida. Tudo isto vai passar…mas quando ? – perguntamos nós.
E a nossa casa torna-se o nosso mundo. E porque é o nosso mundo temos de cuidar dele. E das pessoas que vivem nele. Falo agora dos nossos filhos e marido!
Às vezes não é nada fácil estarmos com as mesmas pessoas durante tanto tempo sobretudo quando é por obrigação. E mais do que deitar a toalha ao chão e desistir é tempo de respirar fundo e sentir que o outro, confinado em casa como eu, está a fazer o melhor que pode.
O marido, o companheiro faz o que sabe. A criança continua a ser a sua melhor versão. E face a isto porque não partilhar todos os dias e num tempo em que seja mais adequado para todos e de forma informal aquilo que estamos a sentir, a viver. Tirar conclusões, fazer mudanças. Escrever numa folha de papel algum propósito, agradecimento, necessidade. Olhem que vale a pena e aos poucos vai resultando.
Quais as minhas prioridades durante este tempo?
O que sinto ao longo do dia? Quais as emoções que exprimo? Consigo perceber? O que faço com isso?
Está tudo bem ou há alguma coisa que devo mudar?
E o(s) outr(os) que estão comigo em casa. O que expressam. Como se expressam. Partilhar estas meditações pessoais.
Observar é uma excelente solução! Por vezes o outro tem dificuldade em exprimir-se ou não tem esse hábito. Não vale a pena forçar. Observe. Observe. Não julgue. Observe os factos sem conclusões ou julgamentos.
Então depois de observar podemos aproximar o nosso coração, a nossa mente e a nossa boca e dizermos, o que podemos fazer para tudo correr bem?